domingo, 6 de junho de 2010


Eras quem me apagava as luzes á noite, quem me contava história de fadas para não sonhar com papão, para um dia tornar-me numa mulher. Cantavas comigo quando sabias que eu queria fazer birra, cuidavas de mim fisicamente quando eu era bebé, e hoje cuidas de mim psicologicamente já em grande. Falavas comigo, ensinavas-me tudo como se fosses licenciada em tudo, via-te como um ídolo e muitas vezes tinhas de fazer tudo sozinha, construir um lar, dar segurança e amor aos teus filhos, na verdade sempre foste uma heroína, uma super-mãe. Quando não conseguia dormir, aconchegavas-me nos teus braços, e fazias-me acreditar que a vida era cor-de-rosa, que na verdade era um sonho. E era verdade, mas só enquanto estiveste presente, assim que partiste… começou o pesadelo. Comecei a crescer, comecei a namorar, comecei o meu caminho como mulher. Fui obrigada a crescer rápido, a entrar no mundo dos adultos muito cedo. Estavas sempre lá, quando eu olhava para trás, nunca foste muito de ser mãe galinha, nunca amparavas as minhas quedas, mas estavas sempre lá para me levantar do chão com orgulho de ser quem sou. No inicio não custou muito, pois eu era pequenina e mal sabia falar como deve de ser, mas mais tarde, custou e custará para sempre. Sou, sem dúvida alguma, um mar de saudades. Parabéns mãe.

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